quarta-feira, 6 de maio de 2009

COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS(II): DESDE QUANDO ACONTECE E QUAL O MOTIVO DAS PROIBIÇÕES DE ALGUMAS RELIGIÕES?


COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS(II): DESDE QUANDO ACONTECE E QUAL O MOTIVO DAS PROIBIÇÕES DE ALGUMAS RELIGIÕES?
O espiritismo e a umbanda, bem outras correntes espiritualistas não criaram a mediunidade; com certeza, ela é uma faculdade própria do corpo físico que todos nós temos, em maior ou menor grau; vale dizer, uns têm reduzida percepção psíquica de uma quarta dimensão – a dimensão do mundo dos Espíritos – e outros já tem percepções muito fortes.
E isso já acontece há milhares de anos. No Egito antigo, por exemplo, os magos dos faraós já evocavam os mortos e muitos comercializavam os dons de comunicabilidade. Em outros povos antigos, também, as comunicações não tinham um código de ética que as norteasse, nem um código a nortear o sensitivo. E daí as comunicações se limitavam a assuntos mesquinhos e de origem exclusivamente material, sem um conteúdo evolutivo, educativo, e por isso, dominavam neste intercâmbio os Espíritos dominados pelos sentimentos de maldade.
Foi por isso que Moisés proibiu o intercâmbio mediúnico entre hebreus: "Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade" (Deuterônimo).
Entretanto, há vários relatos no Velho Testamento a indicar que Moisés continuava a utilizar da mediunidade para receber as instruções espirituais. Assim, ele a aceitava mediante algumas condições, para que não houvesse achincalhamento do intercâmbio mediúnico. A prova cabal disso nós temos no Livro dos Números, Capítulo 11, versos 27 a 29: diante da admoestação do filho de Num, Josué, contra Eldade e Medade que, mesmo diante da proibição, se punham na prática mediúnica, sem que estivessem fazendo parte do grupo dos setenta anciãos, selecionados pelo Grande Líder. No auge do diálogo, retruca o "salvo das águas"(Moisés): "Quem dera se todo o povo de Israel pudesse profetizar e que o Espírito do Senhor o inspirasse..." .Analisados, sem cuidado, parecerão paradoxais os pronunciamentos feitos pelo mesmo homem. Num momento proíbe, noutro elogia seu uso.
É que ele queria mesmo que a mediunidade estivesse a serviço de nobres objetivos, pois não foi ele que mediante belo intercâmbio mediúnico recebeu os dez mandamentos?
Sua proibição tinha motivos nobre diante de um povo ainda animalizado, muito preso à matéria e aos problemas mesquinhos, tinha por objetivo preservar a mediunidade para que não fosse maculada pelo uso mesquinho e imediatista.
E não só na vida de Moisés vemos manifestações mediúnicas relatadas, também vemos em outros pontos da bíblia inúmeros relatos: um caso de incorporação aparece em Jeremias (39:15), quando diz: "O profeta da paz era médium de incorporação; quando o espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor".
Já no Novo Testemento, não vemos uma linha dos apóstolos dizendo que o intercâmbio mediúnico era proibido por Jesus, aliás, a vida corpórea de Jesus foi recheada de fenômenos mediúnicos anímicos (produzidos pelo próprio espírito dele) e espirituais (de intercâmbio - comunicação com outros Espíritos).
Certamente, julgava Jesus que o povo já se encontrava mais disciplinado e preparado para a popularização do uso da faculdade mediúnica.
Ele mesmo, em suas palestras, exortava o uso da mediunidade: "Curai os doentes, ressuscitai os mortos (fazer que voltem, reapareçam, intermediando-os mediunicamente), purificai os leprosos, expulsai os demônios" (Mateus 10:8).E recomendando, outrossim, que o fizessem SEM INTERESSE EGOÍSTA OU MATERIAL: "De graça recebeste, de graça dai" (Mateus 10:8). Demais disso, o último ato do governador do planeta Terra, encarnado na figura por nós conhecida como Jesus, foi uma autência manifestação paranormal de materialização, vez que se fez visível a algumas pessoas e estes o julgaram ressuscitado (fato este - a ressuscitação - que contraria as leis mais ordinárias da Ciência da Natureza).
Recentemente, aliás, a própria Igreja Católica, que ferrenhamente dizia ser toda manifestação mediúnica fora de campo santo, isto é, fora da Igreja, obra de mistificação do Diabo, que se faria passar pela pessoa evocada, acabou por admitir que ela pode sim ocorrer de forma autêntica.
O frade franciscano Gino Concetti, que é teólogo e editorialista do Osservatore Romano, órgão oficial do Vaticano, em entrevista dirigida pela jornalista Ilse Scamparini, concedida ao Programa Fantástico, da Globo, afirma que a evocação dos mortos não deve ser promovida por razões banais. O diálogo deve ficar restrito aos casos de necessidade, por exemplo, alguém que perdeu seu filho e não se conforma. Essa comunicação se dá por sinais diferentes. A Igreja admite essa aproximação, mas com grande prudência e em certas condições. Os que captam mais freqüentemente esses sinais são os indivíduos sensitivos. E mais, acrescentou o teólogo, minha convicção se baseia em fundamento teológico, pois somos todos um corpo místico em Cristo; e se estamos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão há evidentemente comunicação.Existe prova dessa comunicação no Antigo Testamento, nas Sagradas Escrituras e na Bíblia. Por isso não se pode negar essa comunicação. O espiritismo existe, mas não do modo fácil como as pessoas acreditam.”
E pensam que ele é voz no deserto? Inúmeros outros sacerdotes católicos e pesquisadores, como é o caso do padre suíço Léo Schimid, autor do livro “quando os mortos falam”, que reúne mais de 10.000 comunicações de espíritos por vozes paranormais, gravadas em fitas (é a chamada Transcomunicação Instrumental). Também é o caso do padre Karl Pfleger, e o padre François Brune, que escreveu outra obra intitulada “Os mortos nos falam”, traduzida para onde idiomas, encontrando-se à disposição do povo em livrarias católicas. Ele também escreveu com um pesquisador da Universidade de Sourbone o livro “Linha direta com o além”.
(Este texto foi elaborado mediante consulta na Revista Espírita Além da Vida, edição 31,fls. 25/28 e pesquisa direta no velho e novo testamento e outros livros sagrados indicados no corpo do texto)

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