sábado, 13 de junho de 2009

A REENCARNAÇÃO: EXISTE OU NÃO? É FUNDAMENTO DA UMBANDA? É O MESMO QUE RESSUREIÇÃO?


Nesta data, abordaremos assunto interessante e polêmico. Muitos que frequentam a Umbanda ainda não estudaram a fundo este tema, que constitui um dos fundamentos da Umbanda,a saber: a REENCARNAÇÃO.
Você ainda tem muitas dúvidas sobre reencarnação? Acha que não existe, mas que existe RESSUREIÇÃO? Ou será que são a mesma coisa? As novelas da Rede Globo, por sua vez, popularizaram o tema, muitas vezes, deixando mais confusão que esclarecimento; pois, é amigo, se você acredita que reencarnação é coisa de pequena parcela da população, você se engana redondamente: Dois terços da população mundial acredita na reencarnação, e a Igreja Católita também a aceitava em seus primórdios. Estamos trazendo a você, para estuar o tema com profundidades, um documentário em áudio sobre a REENCARNAÇÃO, baseado no Livro de José Rei Chaves – seminarista e autor de interessante livro.
Procure o último tema da página acima citada: A reencarnação segundo a Bíblia e a Ciência.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS-Questões Práticas-(III)


A COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS-Questões Práticas-(III): Todo médium influencia na comunicação?E a influência moral do médium? A assistência, também, pode influenciar? O que vem a ser manifestação anímica e manifestação mistificada?
A) Todo médium influencia na comunicação?
Neste capítulo, abordando a intrigante capacidade dos vivos de se comunicar com pessoas residentes num mundo invisível, questionamos se o médium influencia positiva ou negativamente a comunicação espiritual que recebe.Esse é o grande dilema de muitos médiuns, em especial, dos novatos e daqueles que já abandonaram a educação mediúnica pelo medo.
E para responder a intrigante questão, nos debruçamos na obra do maior parapsicólogo de todos os tempos – Allan Kardec – que em seu trabalho também se preocupou com este assunto tanto que dedicou um capítulo do Livro dos Médiuns (Capítulo XIX).
Em verdade, ensinam os Espíritos a Kardec, o papel do médium é sempre ativo, quer seja médium consciente, semi-consciente, ou inconsciente. Ele atua de forma secundária na comunicação, mas a qualidade da mensagem depende dos conhecimentos por ele adquiridos no curso desta encarnação como médium. Por isso que tanto o codificador da Doutrina Espírita, como o fundador da Umbanda determinaram a seus discípulos que o ESTUDO É FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE UM MÉDIUM DE QUALIDADE.
Mas ainda dúvidas existem: como ele participa secundariamente com os seus conhecimentos se há médiuns que não tem consciência de toda a comunicação, atingidos que são pela aminésia lacunar?
Não há contradição, caro leitor.
O pensamento é algo rápido, talvez mais rápido que a luz, e durante o processo de incorporação, ou psicografia, ele passa por uma intensa desaceleração, a fim de ser vestido, encamisado, pelas palavras que integram o vocabulário do médium (que pode ser mais requintado ou mais simples, dependendo de sua instrução).
Seguindo a mesma linha de raciocínio, também assim deve acontecer com as expressões fisionômicas e outros maneirismos (expressões típicas do Espírito comunicante), que ele busca imprimir ao corpo do médium: faz uma busca nos arquivos mentais do médium e levanta aquilo que se aproxima do que ele quer, imprimindo ao médium como manifestação corporal (como um impulso). Os sotaques e a imitação do linguajar de certas culturas, por derradeiro, também se amolda a este mesmo raciocíncio.
O Espírito, portanto, se manifesta por meio dos elementos convencionados para traduzir suas idéias (seus pensamentos): a palavra, a escrita, os sinais de mímica, entre outros.
Se assim é, isso explica o motivo de um índio vir de um jeito em um médium e vir de outro jeito em outro médium. Ainda que não seja o mesmo Espírito, o universo de palavras e gestos que encontram no cérebro de cada médium, com certeza tem suas variantes e, por isso, imprime manifestações diferentes. Tal não se dá, por vezes, quando os médiuns são formados num mesmo círculo mediúnico porque aprendem as mesmas coisas.
Entenda: não se afirma aqui que o Espírito se serve das idéias do médium (idéias pré-concebidas do dia do trabalho, acerca da comunicação que dará, etc); ele utilizará os materiais existentes no cérebro do médium, para exprimir os seus próprios pensamentos que, aliás, podem ser até parecidos com os do médium.
Conclui-se que todo médium, ainda que afirme ser inconsciente (parcela restrita de 2 a 4% dos médiuns existentes no mundo), participa secundariamente do processo comunicativo. E, para emprestar riqueza a este intercâmbio, necessita fornecer ao cérebro informações constantes acerca de tudo aquilo que é utilizado no universo do Espírito comunicante.
Numa palavra, é preciso humildade do médium que se encontra na frente do trabalho, para reconhecer que o afinamento da freqüência entre ele e seus instrutores espirituais, proporcionando a riqueza comunicativa, depende exclusivamente do estudo do universo daqueles que se comunicam por intermédio dele.
B) E a influência moral do médium?
Ela, segundo o codificador da Doutrina Espírita, não influi no desenvolvimento da mediunidade, que é de natureza orgânica, mas influencia diretamente no seu uso para o bem ou para o mal. E mais, a afinidade fluídica determina quem são os Espíritos que se aproximam de você e que utilizarão as suas faculdades mediúnicas: Diga-me quem tu és, e te direi quem é que anda contigo.
E quando vemos um bom médium, com boa moralidade, sendo objeto de comunicações falsas? Porque isso acontece?
Talvez porque você ainda não conhecia a fundo a moralidade daquele companheiro. Todos nós podemos traçar caminhos não muito positivos e, portanto, atrair companheiros espirituais não muito honrados. Bem por isso é importante a constante atenção do médium ao que é produzido com a sua mediunidade, não com o objetivo de se vangloriar dos feitos, mesmo porque não é ele que os faz - mas os Espíritos – mas tal atenção se revela importante para que não se julgue infalível e, por conseqüência, orgulhoso.
Sua chave de proteção, segundo Kardec, é: desejar o bem e repelir as manifestações de egoísmo e orgulho.
C) E a assistência, pode influenciar nas comunicações?
Com certeza, influencia positiva ou negativamente. Quando a sessão de trabalho se inicia, o culto às conversações paralelas, não diretamente voltadas para o trabalho, e os pensamentos distantes, que também não se envolvem com o trabalho mediúnico INTERFEREM DIRETAMENTE NO MÉDIUM e causam uma espécie de ruído vibratório que prejudica a transmissão do pensamento do Espírito para o campo mental do médium. Daí a possibilidade de erros e o empobrecimento da comunicação.
QUEM CULTIVA A CONVERSA PARALELA, EMPOBRECE O INTERCÃMBIO MEDIÚNICO E PREJUDICA O ATENDIMENTO DO SEMELHANTE.
D) O que é manifestação anímica ou mistificada?
Na manifestação anímica não há presença da ligação fluídica entre corpo do médium e Espírito comunicante, mas o médium, embora sinta o transe (alteração da sua consciência), julga estar influenciado por um Espírito.
É muito comum nos médiuns novos, médiuns despreparados e com muitos conflitos psicológicos não trabalhados, ou muitos conflitos familiares em curso. Também o uso de atabaques acaba facilitando este transe anímico que pode se tornar prejudicial aos médiuns novos e pouco instruídos acerca da mediunidade.Por isso, ideal que o desenvolvimento mediúnico se processe sem uso de atabaques.
Ele é a pedra fundamental do mediunismo porque agora sabemos que sempre o médium atua, ainda que secundariamente, no processo de comunicação. Mas o sua forte emersão é que torna prejudicial o desenvolvimento mediúnico, embora ele seja feito de boa-fé. Todavia, nunca pode ser repreendido, a não ser em casos raros, mas sempre criativamente educado para o médium manter a paciência, vez que o tempo conduz o fortalecimento dos laços fluídos com os Espíritos de trabalho, afastando de vez o animismo.
Como dissemos, por vezes, ele é insistentemente presente nas pessoas com conflitos emocionais e psicológicos ainda não sanados, naqueles em que há desejos há muito reprimidos, crises e outros elementos do subconsciente. Ex: mulher que recebe uma pomba-gira e acaba excedendo nas manifestações sensuais e nas manifestações de destruir e acabar com casamentos e uniões. Isso se dá porque o subconsciente da médium está repleto de desejos inconscientes e de conflitos não resolvidos, além da imagem que ela faz das pomba-giras apenas como prostitutas falecidas (o que não é verdade – é uma imensa ignorância).
Já na mistificação, há intensa má-fé do médium porque ele usa do suposto transe para obter com a comunicação algum benefício para si ou para outrem. Também se torna mistificadora a manifestação na qual o médium, quando incorporado normalmente, INTERVÉM INTENCIONALMENTE NO TRANSE DO ESPÍRITO COMUNICANTE (e isso é possível ele fazer, desde que a ligação não seja semi-consciente ou inconsciente), desrespeitando a entidade que está em trabalho, por motivos egoístas, ora porque viu algo que o interessa no curso do trabalho (ou que até o preocupa, como por exemplo, um parente), ora porque ficou muito interessado no consulente que passa naquele momento por ele.Não é só dinheiro que torna o médium um mistificador. É o seu interesse egoísta em manipular a comunicação naquele momento.

quarta-feira, 6 de maio de 2009





















A INCORPORAÇÃO E A TRANSFUSÃO DE ENERGIAS RETRATADAS NAS FOTOS DE BIOELETROGRAFIA: VEJAM UMA COMPROVAÇÃO FÍSICA DO MÉDIUM INCORPORADO E DA EFICÁCIA DO PASSE.
Retirei do único site sério sobre bioeletrografia as fotografias ao lado e que retratam as alterações no campo elétrico do corpo físico durante a incorporação e transe de cura.



A propósito, bioeletrografia (foto kirlian) NÃO É FOTO DA AURA, mas foto de emanações gasosas do corpo físico que muito se alteram em condições específicas de humor e de desequilíbrio orgânico (doenças).

Aqui também vemos que se alteram quando ocorre o transe mediúnico:
Vejam a rápida e incrível alteração da estrutura energética do corpo do médium após o transe completo em cultos afro-brasileiros. Também podemos observar claramente a transfusão que se opera dos dedos do médium de cura e passista para o campo energético do paciente.
Os estudos conduzidos pelo Dr. Milhomens citam que nos fenômenos chamados de efeitos físicos (e também podemos neles incluir as reuniões de cura) nota-se sensível perda de água do organismo dos sensitivos, o que indica consumo energético ou alteração de metabolismo.
Ele relata que nos ambientes em que se produzem esses fenômenos paranormais, o ar fica excessivamente ionizado em razão da formação de campo eletromagnético (o que é facilmente constatado por um eletroscópio).
Mais informações sobre a bioeletrografia podem ser obtidas no site: http://www.bioeletrografia.com.br/

COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS(II): DESDE QUANDO ACONTECE E QUAL O MOTIVO DAS PROIBIÇÕES DE ALGUMAS RELIGIÕES?


COMUNICAÇÃO COM OS ESPIRITOS(II): DESDE QUANDO ACONTECE E QUAL O MOTIVO DAS PROIBIÇÕES DE ALGUMAS RELIGIÕES?
O espiritismo e a umbanda, bem outras correntes espiritualistas não criaram a mediunidade; com certeza, ela é uma faculdade própria do corpo físico que todos nós temos, em maior ou menor grau; vale dizer, uns têm reduzida percepção psíquica de uma quarta dimensão – a dimensão do mundo dos Espíritos – e outros já tem percepções muito fortes.
E isso já acontece há milhares de anos. No Egito antigo, por exemplo, os magos dos faraós já evocavam os mortos e muitos comercializavam os dons de comunicabilidade. Em outros povos antigos, também, as comunicações não tinham um código de ética que as norteasse, nem um código a nortear o sensitivo. E daí as comunicações se limitavam a assuntos mesquinhos e de origem exclusivamente material, sem um conteúdo evolutivo, educativo, e por isso, dominavam neste intercâmbio os Espíritos dominados pelos sentimentos de maldade.
Foi por isso que Moisés proibiu o intercâmbio mediúnico entre hebreus: "Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade" (Deuterônimo).
Entretanto, há vários relatos no Velho Testamento a indicar que Moisés continuava a utilizar da mediunidade para receber as instruções espirituais. Assim, ele a aceitava mediante algumas condições, para que não houvesse achincalhamento do intercâmbio mediúnico. A prova cabal disso nós temos no Livro dos Números, Capítulo 11, versos 27 a 29: diante da admoestação do filho de Num, Josué, contra Eldade e Medade que, mesmo diante da proibição, se punham na prática mediúnica, sem que estivessem fazendo parte do grupo dos setenta anciãos, selecionados pelo Grande Líder. No auge do diálogo, retruca o "salvo das águas"(Moisés): "Quem dera se todo o povo de Israel pudesse profetizar e que o Espírito do Senhor o inspirasse..." .Analisados, sem cuidado, parecerão paradoxais os pronunciamentos feitos pelo mesmo homem. Num momento proíbe, noutro elogia seu uso.
É que ele queria mesmo que a mediunidade estivesse a serviço de nobres objetivos, pois não foi ele que mediante belo intercâmbio mediúnico recebeu os dez mandamentos?
Sua proibição tinha motivos nobre diante de um povo ainda animalizado, muito preso à matéria e aos problemas mesquinhos, tinha por objetivo preservar a mediunidade para que não fosse maculada pelo uso mesquinho e imediatista.
E não só na vida de Moisés vemos manifestações mediúnicas relatadas, também vemos em outros pontos da bíblia inúmeros relatos: um caso de incorporação aparece em Jeremias (39:15), quando diz: "O profeta da paz era médium de incorporação; quando o espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor".
Já no Novo Testemento, não vemos uma linha dos apóstolos dizendo que o intercâmbio mediúnico era proibido por Jesus, aliás, a vida corpórea de Jesus foi recheada de fenômenos mediúnicos anímicos (produzidos pelo próprio espírito dele) e espirituais (de intercâmbio - comunicação com outros Espíritos).
Certamente, julgava Jesus que o povo já se encontrava mais disciplinado e preparado para a popularização do uso da faculdade mediúnica.
Ele mesmo, em suas palestras, exortava o uso da mediunidade: "Curai os doentes, ressuscitai os mortos (fazer que voltem, reapareçam, intermediando-os mediunicamente), purificai os leprosos, expulsai os demônios" (Mateus 10:8).E recomendando, outrossim, que o fizessem SEM INTERESSE EGOÍSTA OU MATERIAL: "De graça recebeste, de graça dai" (Mateus 10:8). Demais disso, o último ato do governador do planeta Terra, encarnado na figura por nós conhecida como Jesus, foi uma autência manifestação paranormal de materialização, vez que se fez visível a algumas pessoas e estes o julgaram ressuscitado (fato este - a ressuscitação - que contraria as leis mais ordinárias da Ciência da Natureza).
Recentemente, aliás, a própria Igreja Católica, que ferrenhamente dizia ser toda manifestação mediúnica fora de campo santo, isto é, fora da Igreja, obra de mistificação do Diabo, que se faria passar pela pessoa evocada, acabou por admitir que ela pode sim ocorrer de forma autêntica.
O frade franciscano Gino Concetti, que é teólogo e editorialista do Osservatore Romano, órgão oficial do Vaticano, em entrevista dirigida pela jornalista Ilse Scamparini, concedida ao Programa Fantástico, da Globo, afirma que a evocação dos mortos não deve ser promovida por razões banais. O diálogo deve ficar restrito aos casos de necessidade, por exemplo, alguém que perdeu seu filho e não se conforma. Essa comunicação se dá por sinais diferentes. A Igreja admite essa aproximação, mas com grande prudência e em certas condições. Os que captam mais freqüentemente esses sinais são os indivíduos sensitivos. E mais, acrescentou o teólogo, minha convicção se baseia em fundamento teológico, pois somos todos um corpo místico em Cristo; e se estamos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão há evidentemente comunicação.Existe prova dessa comunicação no Antigo Testamento, nas Sagradas Escrituras e na Bíblia. Por isso não se pode negar essa comunicação. O espiritismo existe, mas não do modo fácil como as pessoas acreditam.”
E pensam que ele é voz no deserto? Inúmeros outros sacerdotes católicos e pesquisadores, como é o caso do padre suíço Léo Schimid, autor do livro “quando os mortos falam”, que reúne mais de 10.000 comunicações de espíritos por vozes paranormais, gravadas em fitas (é a chamada Transcomunicação Instrumental). Também é o caso do padre Karl Pfleger, e o padre François Brune, que escreveu outra obra intitulada “Os mortos nos falam”, traduzida para onde idiomas, encontrando-se à disposição do povo em livrarias católicas. Ele também escreveu com um pesquisador da Universidade de Sourbone o livro “Linha direta com o além”.
(Este texto foi elaborado mediante consulta na Revista Espírita Além da Vida, edição 31,fls. 25/28 e pesquisa direta no velho e novo testamento e outros livros sagrados indicados no corpo do texto)

sábado, 25 de abril de 2009

ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS(I): LIÇÕES BÁSICAS (I)


A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS(I): REGRAS BÁSICAS PARA EVOCAÇÕES SEGURAS
(Livro dos Médiuns, ano de 1861 – Capítulo XXV)

Allan Kardec nos deixou regras simples para lidar tanto com evocações de pessoas que nos foram próximas quanto com evocações regulares, realizadas em sessões semanais.
Todas, ensina o codificador da Doutrina Espírita, única a estudar com seriedade e profundidade o fenômeno mediúnico:
a)devem ser precedidas de prece sincera e evocação feita em nome de Deus, com sustentação por corrente mediúnica formada de pessoas sérias;
b)formular perguntas claras;
c)usar linguagem simples e evitar posturas ou palavras bajulatórias. Tratar aqueles que se manifestam nas sessões como se encarnados fossem, tendo veneração pelos que a merecem, reconhecimento pelos que os protegem e assistem e para todos os outros a bondade que talvez nós mesmos necessitemos um dia.
d)constância nas tentativas de evocação (mesmo dia e mesmo horário), pois a medida auxilia a vinda do Espírito porque eles têm suas ocupações que não podem abandonar de repente para satisfação pessoal dos evocantes.
e)sempre procurar médiuns e ambientes sérios e com referências. Caso não as tenha, a boa razão será sempre o seu bom guia para avaliar o que lá foi visto e o que lhe foi dito.
Quanto às evocações regulares, o que se observa na prática diária, é que sempre ocorrem porque ao lado dos seres encarnados, há os Espíritos que as freqüentam sem que precisemos chamá-los, pela simples razão de já estarem prevenidos da regularidade dos trabalhos. Claro que a sua infalibilidade não autoriza aos evocantes deixar de cumprir as regras gerais acima descritas porque destinadas a manter a permanência de Espíritos bons e com a vontade de praticar o bem.
E no que se refere às evocações particulares, de amigos e parentes já falecidos, é preciso, de início, que o evocante interrogue sua consciência a fim de avaliar acerca da real necessidade da comunicação, ou se ela se encontra fundamentada no mero espírito de curiosidade, como por exemplo, saber como a pessoa está, ou em outros motivos supérfulos. É bom lembrar que podemos inquirir os Espíritos que já comparecem nas sessões regulares sobre o estado de amigos e parentes falecidos e bons conselhos também deles podemos obter, sem que precisemos chamar Espíritos familiares e de amigos. Aliás, eles podem se valer dos Espíritos que conhecemos nas reuniões regulares, para levar aos evocantes suas mensagens quando não podem comparecer à reunião.
Verificada pelo evocante sua real necessidade em evocar determinada pessoa desencarnada, há que se certificar se o interessado procura um grupo mediúnico sério. É imprescindível, outrossim, que o evocante esteja presente à reunião porque apenas ele pode conhecer a identidade do Espírito e manejar as perguntas necessárias. Demais disso, a própria presença do interessado atrai o Espírito comunicante, desde que tenha com ele laços sentimentais fortes (simpatia ou antipatia).
Entretanto, pode a evocação particular não ocorrer de imediato, ainda que todas as recomendações tenham sido atendidas. Tal impedimento se dá em razão do Espírito estar envolvido em outras ocupações; porque já se encontra encarnado e, naquele momento preso à matéria porque não se encontra durante o sono, ou porque o tipo da mediunidade do médium escolhido para a evocação não a permite, o ambiente da evocação ou a condição moral dos envolvidos.
Por outro lado, tanto em evocações regulares e nas particulares, vemos muitos dos participantes interessados em questões da vida material.
Não queremos aqui dizer que tal procura é errada, pois os Espíritos podem nos dar bons conselhos acerca da vida material sem, é claro, pretender que eles nos substituam nas decisões da vida.
Aliás, dão suas lições quase sempre com reserva, de maneira indireta, para deixarem maior mérito aos que as aproveitam, Mas são tais, conforme leciona Kardec, a cegueira e o orgulho de certas pessoas que elas não se reconhecem nas lições recebidas. E ainda mais: se o Espírito lhe dá a entender claramente acabam por se zangar e chamam-no de mentiroso ou atrevido, e até põe em dúvida a honestidade do médium.
O que devemos vigiar é a constante procura por evocações públicas e particulares APENAS por interesses particulares e materiais. Ora, se todos os pensamentos referentes aos parentes, amigos falecidos e aqueles que regularmente incorporam nas reuniões semanais limitam-se a considerá-los consultores e feiticeiros, sem afeto sincero, se só pensamos neles pedindo informações do futuro, não podem eles ter grande simpatia por nós e não devemos nos admirar de que nos demonstrem pouca bondade ou paciência. É só você se colocar no lugar deles.
Aproveitemos, então, o momento de comunhão com a vida espiritual (a vida definitiva), que se realiza durante a sessão semanal, e nos esforcemos por cultivar muito mais nossa aproximação do Criador, o autoconhecimento e a reforma de atitudes e pensamentos, do que a simples ansiedade por soluções da vida material.
E quanto às evocações particulares, embora Kardec nos tenha deixado guia seguro para realizá-las, lembremos da lição de um dos maiores médiuns encarnados, Chico Xavier, que afirmava, quanto às evocações de parentes e amigos, que “o telefone sempre toca, mas de lá para cá”.

DAS PERGUNTAS QUE SE PODEM FAZER AOS ESPÍRITOS DURANTE AS EVOCAÇÕES
Do Livro dos Médiuns, ano de 1861 – Capítulo XXVI – Allan Kardec

Perguntar aos Espíritos não é uma coisa ruim ou inconveniente. Se fosse assim a Codificação Espírita não existiria(*). O Importante é saber o que se perguntar, para não se atrair, com as perguntas, respostas vazias ou de espíritos zombeteiros.
Faça perguntas ou pedidos claros e precisos, circunscritos a um assunto porque assim respondem mais facilmente. Deve-se, pois, organizar perguntas e pedidos com antecedência juntamente com uma prece feita com sentimento, vez que isso constitui uma espécie de evocação antecipada da entidade e que só vêm a facilitar. Também você deve estar preparado para modificar perguntas e respostas suas de acordo com as respostas dadas por eles.
Porém, evite perguntas ou respostas com o fim de lhes por à prova a perspicácia (a inteligência do espírito comunicante).
Em resumo: os Espíritos nos dão úteis esclarecimentos, porém respondem mais ou menos bem, conforme os conhecimentos que possuem, o interesse e afeição que nos tem e, finalmente, o fim a que nos propomos.
a)Perguntas sobre o futuro -É possível que seja respondida, vez que um Espírito pode prever um fato, mas o momento em que ocorrerá depende de acontecimentos que, talvez, ainda não ocorreram ou sequer ocorrerão. Por isso, seria muito infantil da nossa parte levar a ferro e fogo previsões com dia e hora marcados.
b) Perguntas sobre a previsão da morte - Os Espíritos que prevêem a morte de alguém são Espíritos de mau gosto, que outro fim não têm, senão gozar com o medo que causam. No entanto,o Espírito pode desprender-se do corpo físico e prever sua própria desencarnação.
c)Perguntas sobre existências passadas - Deus algumas vezes permite que elas sejam reveladas, para a vossa edificação e instrução; quase sempre espontaneamente e de modo inteiramente imprevisto.Com relação a existências futuras nada nos é dado conhecer.
d)Perguntas sobre interesses morais e materiais - Os Espíritos familiares podem até nos aconselhar em assuntos privados ou favorecer nossos interesses materiais, de acordo com o objetivo ou as circunstancias.Já os nossos Espíritos protetores podem, em muitas circunstâncias, nos indicar o caminho sem substituir nossa liberdade.
e) Perguntas sobre descobertas científicas e inovações tecnológicas - A ciência é aquisição do trabalho humano. Todavia, é claro que no momento em que um avanço deve chegar á terra, os Espíritos incumbidos de lhe dirigir a marcha cercam os cientistas que nele trabalham inspirando-os com idéias, para auxiliar os trabalhos. E caso ainda não existam cientistas trabalhando, buscam homem capaz de levar o avanço a bom termo.
f) Perguntas sobre o estado de saúde - Sim respondem com boa vontade. Mas como há ignorantes e sábios entre eles, tanto no tema saúde como em outros temas, não convém se dirigir ao primeiro que se manifeste. Segundo Kardec, até as celebridades médicas (os conhecidos aqui da Terra), quando no plano espiritual, podem errar porque têm muitas vezes opiniões sistemáticas que nem sempre são justas. Lembremos que a ciência terrena está aquém da ciência desenvolvida no plano espiritual.
g)Perguntas sobre a situação de Espíritos amigos e familiares: respondem as perguntas desde que ditadas pelo espírito de simpatia.
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(*) - Importante traçarmos como Kardec escreveu os livros da Doutrina Espírita, onde procura descrever como é o mundo espiritual e suas relações com o mundo material: Kardec era descrente acerca da sobrevivência do Espírito, porém, tendo contato com os fenômenos espirituais frequentes à sua época (as mesas girantes) decidiu investigar quais as causas que levavam tais mesas a girar sozinhas. É imporante ressaltar que este fenômeno se tornou tão comum na segunda metade do século dezenove (1850 a 1900), na Europa, que até Napoleão costumava frequentar lugares onde o fenômeno ocorria (isso é fato histórico, podem pesquisar). Pois bem. Após estudar as manifestações e verificar que tais mesas respondiam a questões a ela formuladas por meio da sistematização de batidas (uma batida para SIM e duas para NÃO) deduziu pela participação de uma entidade inteligente por trás daquele fenômeno. Com o tempo, as comunicações foram se aperfeiçoando até chegar nas "cestas de bico", isto é, um aparato leve onde se colocava uma pena e que, diante da imposição de mãos do médium, se movia sozinha escrevendo no papel. É claro que Kardec se utilizava de médiuns de efeitos físicos para propiciar a ocorrência destes fenômenos,aliás, eram muito comuns na época e hoje não mais. Continuando o raciocínio, com a modernização do meio de comunicação pelas cestas de bico, Kardec selecionou pela Europa vários médiuns que não tinham contato entre si, nem se conheciam e elaborava inúmeras questões de ciência, filosofia, e outras acerca do mundo espiritual, para que fossem respondidas por essa força inteligente que desconhecia. Depois de formular a mesma pergunta a vários médiuns selecionados, comparava as respostas e formulava a resposta com base no princípio da concordância das manifestações. Foi assim que a Doutrina se erigiu..totalmente da mão dos Espíritos....por isso que Kardec é chamado de CODIFICADOR...ELE NÃO ERA MÉDIUM.(A história da formação da Doutrina aqui é exposta bem resumidamente/Maiores informações serão encontradas em livros especializados ou em buscas na internet)